3/31/2016

ARTISTA ASSOCIADO | DINIS MACHADO | PARADIGMA

1 de abril  21h
2 de abril 19h
Sala de Ensaio CCB

“Um ritual é uma sequência de atividades que envolvem gestos, palavras e objetos, praticado num lugar isolado e de acordo com uma sequência definida.”
[Dicionário Merriam-Webster]
Em “Paradigma”, criamos um folklore DIY para corpos com identidades esbatidas, através de artefactos, narrativas, danças, rituais e músicas. Paradigma é uma dança de um exotismo de lado nenhum. Um reclamar ritualista de diferença e cidadania. Uma paisagem criada de um cadavre esquis de referências paradoxais vindas de lugares faccionais. Uma cerimónia vinda de um tempo antes da divisão entre arquiteto e construtor onde se produzem símbolos abstratos com materiais complexos e uma engenharia caseira.



Música Original de Hanna Kangassalo (SE/FI), Robert Tenevall (SE), Erik Sjölin (SE)
com vozes adicionais de Lillemor Tenevall, Kai Kangassalo, Gonçalo Ferreira, Britta Amft, Dinis Machado
Cenário, luz e figurinos Dinis Machado (SE/PT)
Consultoria Pedro Machado (BR/UK), Gonçalo Ferreira (PT), Jorge Gonçalves (DE/PT)
Produzido por Corp. (PT) e Ballet Contemporâneo do Norte (PT),
com o Produtor Associado Clair Hicks (UK)
e administração de Interim Kultur (SE)
Co-Produção Weld (Stockholm/SE), Teatro Municipal do Porto (Porto/PT), Dance4 (Nottingham / UK) and Gothenburg Dans & Teater Festival (Gothenburg/SE)
Criado em residência em Weld (Stockholm/SE), MARC (Kivik/SE), Campo Alegre Teatro Municipal (Porto/PT), Alkantara (Lisboa/PT), ​Gothenburg Dans & Teater Festival + Vitlycke Centre for Performing Art (Gothenburg/SE), Devir/Capa (Faro/PT), Dance4 + Lace Market Gallery (Nottingham/UK)
Com o apoio de Konstnärsnämnden (SE), Kulturrådet (SE), Arts Council England (UK) and DGArtes/Secretaria de Estado da Cultura (PT)
Dinis Machado é um artista associado do
Ballet Contemporâneo do Norte (PT) e Weld (SE)

ARTISTA ASSOCIADO | ROGÉRIO NUNO COSTA | TERCEIRA VIA™ | KOLMAS TIE™

3/23/2016

EURODANCE de Rogério Nuno Costa






26 de março
21h30 A22, ao Cais de Gaia

30 de abril
21h30 Teatro Sá da Bandeira, Santarém



“Europe was created by History (then Art). America was created by Philosophy (then Art). Economy (now Art) is creating the Rest of the World.”
— in No Limit [21st Century], a song by Too LimitedTM

E U R O D A N C E é uma hecatombe geopolítica e tecno-emocional, um counting down a 190 beats-per- minute em direção ao Fim do Mundo, uma bad trip a bordo de um rave’ião Hamburgo/Ibiza com escala elíptica no Pará e aterragem de emergência para combustível em Luanda, uma droga psicotrópica também conhecida por AzeitegeistTM. E U R O D A N C E é um documentário pós-apocalíptico produzido pelo Departamento de Escatologia Vintage do Centro de Estudos Pré-Humanos do Novo Mundo e estuda a última década do Antigo Regime, quando o Mundo ainda se escrevia com letra grande, não existia qualquer diferença epistemológica entre Arte e Desporto, e os artistas eram todos backup dancers de uma banda cósmica universal. EURODANCE dança em EuropeuTM, mas traz legendas em NovilínguaTM. Rouba lyrics às profecias xamânicas de Slavoj Žižek e à filosofia alter-dogmática de Dr. Phil, os primeiros cyborgs da História; rouba beats à ética pré-apocalíptica do movimento mashup e à moral anti-social do tecnobrega; e rouba artworks à estética proto-post-pop dos Jogos sem Fronteiras e à ética re-re-realista da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim. E U R O D A N C E é tecnotrónico, é clubístico, é pastilhado, é megalo-colonialista, é etno-musical, é bubblegum pop, é happy hardcore, é chipmunk, é autotune, é playback, é rave’ioli em lata, é vengaboys, é bota gel, é pisang ambon, é electropimba, é technochunga, é carrinhos de choque-em-cadeia, é aeróbica trance- génica, é fitness progressivo, é body pump-up the jam, é macarena, é di-rirá-rá-rá, é contemporary rococó. EURODANCE regressa a todos os pesadelos fin-de-siècle, porque ambiciona uma correção retroativa da Realidade: o Mundo acabou MESMO na noite de 31 de Dezembro de 1999, quando os computadores deixaram de reconhecer a linguagem binária e o mundo (em letra pequena) colapsou. EURODANCE é por isso uma festa meteórica, em homenagem a todos os que (ainda) não morreram. Uma viagem de volta aos anos 90; uma viagem de volta ao PresenteTM.
Rogério Nuno Costa © 2014

E U R O D A N C E é o estudo coreográfico para um espetáculo de teatro musical chamado €TRASH. Cinco bailarinos são o grupo de “backup dancers” de uma banda techno invisível, trazendo para a linha da frente aquilo que por norma é apenas decorativo, paisagístico, subsidiário. O corpo de baile é agora o protagonista. Ou sobre a tensão/confusão dialética entre Arte e Desporto.

Direção, Coreografia, Texto: Rogério Nuno Costa
Bailarinos: Dinis Machado, Flávio Leihan, Sérgio Matias, Mariana Tengner Barros, Susana Otero
Assistência de Direção: Joclécio Azevedo
Artwork e Desenho de Luz: Diogo Mendes
Figurinos: Jordann Santos 
Vídeo: António MV
Fotografia de Cena: Xana Novais 
Cartaz: Diogo Mendes
Assistência de Figurinos: Cristiana Fonseca 
Som: Jonny Kadaver 
Produção Executiva: Inês Nogueira 
Agradecimentos: Teatro Municipal do Porto – Rivoli, Sonoscopia, Álvaro Campo, mala voadora.porto, A22, Miguel Loff Barreto, ESMAE, TeCA 

Ballet Contemporâneo do Norte é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal/Secretaria de Estado da Cultura (Direção-Geral das Artes) e apoiada pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.

Um espetáculo Ballet Contemporâneo do Norte originalmente criado para o programa “Outros Formatos” (2014). Elenco inicial: André Mendes, Bruno Senune, Camila Neves, Flávio Rodrigues, Susana Otero. 

3/07/2016

IN A MANNER OF SPEAKING, Dinis Machado | Residência


Início dos ensaios da nova criação de DINIS MACHADOpara o Ballet Contemporâneo do Norte. 
Com Susana Otero,  Mariana Tengner Barros, Jorge Gonçalves e Filipe Pereira.


In A Manner Of Speaking” é uma revisitação e reformulação dos materiais que constituíram o trabalho “Parole, Parole, Parole” em 2010. Tendo-me apercebido da forma como este projecto lançou questões que são ainda centrais no meu trabalho proponho agora voltar a ele e construir um novo objecto partindo do mesmo imaginário.

“Parole, parole, parole... é pouco mais que uma rima poética. Levemente melancólica, talvez , quando quase se inclina para uma comédia de um mal de vivre tão próximo, um tédio tão naturalmente burguês, tão nosso portanto.
O espectáculo parte daquilo que na linguagem é o seu potencial projectista, de desenhar aquilo que vamos querer que seja, e encontra-se em diálogos a dois, reais ou hipotéticos, que tentam construir utopias (Pessoais, domésticas ou comunitárias), que se confrontam pacificamente com a falha de todos os seus épicos projectos, e que faticamente se consolam no vazio das frases que procuram esconder a descrença no futuro (que se tornará [ou ter-se-á já tornado?] prematuramente presente)

Eles (ou seja, nós) procuram reencontrar-se com a ilusão, manter-se activos na construção de qualquer coisa que intuem, não se deixar esmorecer, e permanentemente se confrontam com o seu reverso, a desilusão, a inevitável derrocada dos materiais concretos, que não espelham nunca essa realidade mais real, porque mais viva e mais presente, que se desenrola continuamente nos seus projectos de um mundo por vir, juntamente com o tão esperado consolo final.
Eles, vigiam-se fantasmaticamente no seu fazer, num paternalismo exercido sobre si mesmo. Porque não querem aprender a contemplar poeticamente a sua própria morte.”
[Dinis Machado/ sinopse 2010]