9/20/2017

EURODANCE de ROGÉRIO NUNO COSTA [CIRCULAÇÃO]


6 e 7 de outubro de 2017 às 21h00 (dia 6) e 19h00 (dia 7)
CCB . Sala de Ensaio
duração aproximada: 45 minutos – s/ intervalo
M / 6 anos
BOX NOVA | Rogério Nuno Costa

EURODANCE

Ficha Técnica

Um espetáculo do Ballet Contemporâneo do Norte
Rogério Nuno Costa direção, coreografia, texto, vídeo
André Santos, Dinis Machado, Luís André Sá, Mariana Tengner Barros, Susana Otero bailarinos
Joclécio Azevedo assistência de direção
Daniel Oliveira desenho de luz
Diogo Mendes artwork
Jordann Santos figurinos
Belamix feat. Too Limited™ (Mariana Tengner Barros & Rogério Nuno Costa) remix & cover
Miguel Refresco fotografia promocional e de cena
Cristiana Fonseca assistência de figurinos
BCN produção

Agradecimentos A Bela Associação, Luiz Antunes, Xana Novais, Teatro Municipal do Porto – Rivoli, Sonoscopia, Álvaro Campo, Miguel Loff Barreto, ESMAE, TeCA, Ana Carvalho, Pedro Barreiro.
Estreia Centro Cultural de Milheirós de Poiares (Santa Maria da Feira)
Acolhimentos mala voadora (Porto), Armazém 22 (Vila Nova de Gaia), Teatro Sá da Bandeira (Santarém).

O Ballet Contemporâneo do Norte é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal/Secretaria de Estado da Cultura (Direção-Geral das Artes) e apoiada pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.


EURODANCE é uma hecatombe geopolítica e tecno-emocional, um counting down a 190 beats-per-minute em direção ao Fim do Mundo, uma bad trip a bordo de um rave’ião Hamburgo/Ibiza com escala elíptica no Pará e aterragem de emergência para combustível em Luanda, uma droga psicotrópica também conhecida por Azeitegeist™. EURODANCE é um documentário pós-apocalíptico produzido pelo Departamento de Escatologia Vintage do Centro de Estudos Pré-Humanos do Novo Mundo e estuda a última década do Antigo Regime, quando o Mundo ainda se escrevia com letra grande, não existia qualquer diferença epistemológica entre Arte e Desporto, e os artistas eram todos backup dancers de uma banda cósmica universal. EURODANCE dança em Europeu™, mas traz legendas em Novilíngua™. Rouba lyrics às profecias xamânicas de Slavoj Žižek e à filosofia alter-dogmática de Dr. Phil, os primeiros cyborgs da História; rouba beats à ética pré-apocalíptica do movimento mashup e à moral antissocial do tecnobrega; e rouba artworks à estética proto-post-pop dos Jogos sem Fronteiras e à ética re-re-realista da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim. EURODANCE é tecnotrónico, é clubístico, é pastilhado, é megalo-colonialista, é etno-musical, é bubblegum pop, é happy hardcore, é chipmunk, é autotune, é playback, é rave’ioli em lata, é vengaboys, é bota gel, é pisang ambon, é electropimba, é technochunga, é carrinhos de choque-em-cadeia, é aeróbica trance-génica, é fitness progressivo, é body pump-up the jam, é macarena, é di-rirá-rá-rá, é contemporary rococó. EURODANCE regressa a todos os pesadelos fin-de-siècle, porque ambiciona uma correção retroativa da Realidade: o Mundo acabou MESMO na noite de 31 de dezembro de 1999, quando os computadores deixaram de reconhecer a linguagem binária e o mundo (em letra pequena) colapsou. EURODANCE é por isso uma festa meteórica, em homenagem a todos os que (ainda) não morreram. Uma viagem de volta aos anos 90; uma viagem de volta ao Presente™.
Rogério Nuno Costa © 2014


EURODANCE é um estudo coreográfico para o espetáculo de teatro musical €TRASH, de Rogério Nuno Costa, com estreia prevista para 2019. Cinco bailarinos são o grupo de “backup dancers” de uma banda techno invisível, trazendo para a linha da frente aquilo que por norma é apenas decorativo, paisagístico, subsidiário. O corpo de baile é agora o protagonista. Ou sobre a tensão/confusão dialética entre Arte e Desporto.


Rogério Nuno Costa
Actor, encenador, dramaturgo, investigador, professor, curador, documentarista e escritor, desenvolve trabalho de carácter transdisciplinar em várias áreas da prática e do pensamento performativo. O seu trabalho gravita em torno da "documentação" enquanto conceito, aplicando as operações de registo, sistematização e organização arquivística a acções performativas de cariz efémero. Apresenta espectáculos, performances, vídeos, conferências, instalações e textos ensaísticos que exploram os campos do teatro, movimento, artes visuais, literatura, filosofia e antropologia, conectando contextos públicos e privados, cultura erudita e cultura pop, discursos autobiográficos e estratégias comunicacionais de teor viral. Nesses projectos, assume os papéis de performer, director artístico e consultor. É licenciado em Comunicação Social. Frequentou os mestrados em História da Arte Contemporânea e em Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Atualmente, desenvolve trabalho de investigação para a construção, from scratch, de uma Multiversidade™, no âmbito do programa Visual Culture & Contemporary Art da School of Arts, Design and Architecture, Aalto University (Helsínquia, Finlândia). Como intérprete, co-criador e colaborador/consultor artístico, trabalhou com Mariana Tengner Barros, Patrícia Portela, Teatro Praga, Sónia Baptista, Lúcia Sigalho, Alain Béhar, Rosa Coutinho Cabral, Nelson Guerreiro, Teresa Prima, Estrutura (Cátia Pinheiro & José Nunes), Joclécio Azevedo e Susana Mendes Silva. O seu trabalho já foi apresentado em Portugal, França, Reino Unido, Bélgica, Países Baixos, Roménia, Hungria, Áustria, Finlândia, Alemanha e Croácia. É professor convidado na Universidade do Minho (Licenciatura em Teatro) e “Advisor” no Transart Institute (Berlim e Nova Iorque). Foi professor convidado na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha e na Hogeschool voor de Kunsten (Arnhem, Países Baixos). Escreve regularmente para publicações ligadas ao pensamento artístico e colabora com vários artistas na condição de observador/coordenador editorial e dramaturgo. Dirige o projeto documental do Ballet Contemporâneo do Norte, estrutura na qual é artista associado desde 2015.