IN A MANNER
OF SPEAKING
8 de
setembro
20h30
Festival My
Wild Flag
Weld
Estocolmo,
Suécia
Uma peça do
Ballet Contemporâneo do Norte
coreografada
por Dinis Machado
e dançada
por Mariana Tengner Barros, Filipe Pereira, Jorge Gonçalves e Susana Otero
Desenho de
Cenografia , Figurinos e Iluminação: Dinis Machado
Fotografia
de Cena: Miguel Refresco
Vídeo: Sofia Arriscado
Design
Gráfico: Eduardo Ferreira
Direção de Produção: Dinis Machado
Produção Executiva: Ballet Contemporâneo do Norte
Co-produção: Cineteatro António Lamoso (Stª Mª da Feira, PT) e Temps d’Images Lisboa
Criado em residência: Pavilhão da Lavandeira (Stª Mª da Feira) e Armazém 22 (Vila Nova de Gaia)
Com o apoio para as Viagens do Instituto Camões/Embaixada de Portugal na Suécia e TAP
Apoio à Internacionalização: Fundação Calouste Gulbenkian
Com o apoio para as Viagens do Instituto Camões/Embaixada de Portugal na Suécia e TAP
Apoio à Internacionalização: Fundação Calouste Gulbenkian
I melted my
gender into a skin of stone
A bone
A physical
rhyme
A tender
mime of a desire of mine
In a Manner
of Speaking é um poema, não como devaneio lírico, mas como lugar onde a escrita
coreográfica se sedimenta na sua própria dimensão lúdica. Começou com um
convite do Ballet Contemporâneo do Norte para revisitar a minha primeira peça
de grupo Parole, Parole, Parole... (2010).
Sem
qualquer nostalgia formal, sobraram desta reponderação um micro-universo em
contínua reformulação e o investimento na função fática de uma linguagem
coreográfica que abandona a sua dependência de qualquer ideia de conteúdo,
desenvolvendo-se como exercício proto-político de presença (colectiva), não
minimal ou essencialista, mas hiperficcional.
In a Manner
of Speaking é assim uma autoficção estrutural sobre uma companhia de dança. Um
exercício hiperformal de um virtuosismo inventado a partir de fragmentos e
técnicas de uma história da dança propositadamente lacónica, apropriada e
inventada. Uma especulação subjetiva, um olhar deformado e calcificado por uma
prática convicta. Um manifesto anti-essencialista onde ficções e factos se
misturam, sem qualquer hierarquia, para a criação de um habitat
proto-futurista. Uma emancipação da verdade e uma celebração da ficção. Um
exercício para reclamar o direito de reinventar a história do seu próprio corpo
e cidadania. Uma coreografia mirabolante onde os corpos dos performers são
postos às avessas, não através de qualquer ilustração de exercício libertário,
mas através de uma aceleração hiperformal.
Será talvez
evidente o acento de uma reflexão e reescrita de género neste exercício
ficcional:
Corpos
remontados pelo paradoxo entre a evidência e a impossibilidade da definição do
feminino.
Corpos
proto-futuristas que se experimentam no jogo lúdico de propor uma ideia de
dança que os reestrutura.
Corpos
que se propõem a uma prática de género pós-binário e pós-panfletário.
Uma
metamorfose intima de um queer silencioso que acontece na quase invisibilidade
dos ossos, da carne e da pele.
My Wild
Flag é um novo Festival de dança contemporânea dirigido por Pontus Pettersson e
Karina Sarkissova em Estocolmo e que terá a sua primeira edição em Setembro de
2017. O Festival irá acontecer em dois Teatros: WELD e CCOFF com o
financiamento do Arts Council Sweden.
IN A MANNER
OF SPEAKING
8th
september
8.30 pm
My Wild
Flag Festival
Weld
Stockholm,
Sweden
A
performance by Ballet Contemporâneo do Norte
choreographed
Dinis Machado
danced by
Mariana Tengner Barros, Filipe Pereira, Jorge Gonçalves and Susana Otero
Set, sound,
light and costume design by Dinis Machado
Photography:
Miguel Refresco
Video:
Sofia Arriscado
Graphic
Design: Eduardo Ferreira
Production
direction: Dinis Machado
Executive
Production: Ballet Contemporâneo do Norte
Co
production: Cineteatro António Lamoso (Stª Mª da Feira, PT) and (Temps d’Images
Lisboa, PT)
Developed
in residency at Pavilhão da Lavandeira (Stª Mª da Feira, PT) and Armazém 22
(Vila Nova de Gaia, PT)
With the travel support of Instituto Camões/Portuguese Embassy in Sweden and TAP
Internationalisation Support: Calouste Gulbenkian Foundation
With the travel support of Instituto Camões/Portuguese Embassy in Sweden and TAP
Internationalisation Support: Calouste Gulbenkian Foundation
I melted my
gender into a skin of stone
A bone
A physical
rhyme
A tender
mime of a desire of mine
In a
Manner of Speaking is a poem. Not as lyrical reverie, but as a place where
choreographic writing unfolds from its own playfulness. It began with an
invitation from the Ballet Contemporâneo do Norte to revisit my first group
work Parole, Parole, Parole... (2010).
After this
process of reconsideration, and without any formal nostalgia, the only things
left were a micro-universe in continuous reformulation and the investment in
the phatic function of a choreographic language that abandons its dependence on
any idea of content, developing instead itself as a proto-political exercise of
(collective) presence, not minimal neither essentialist, but hyperfictional. In
a Manner of Speaking is therefore a structural selffiction
about a
dance company. A hyperformal exercise of a made-up virtuosity put together from
fragments and techniques of a deliberately laconic,appropriated and made-up
dance history. A subjective speculation, a deformed gaze calcified by a
confident practice. An antiessentialist manifesto where fictions and facts
intermingle without any hierarchy, aiming the creation of a proto-futuristic
habitat. An emancipation from truth and a celebration of fiction.
An exercise
to claim the right to reinvent one's own body history and citizenship. A
multifarious choreography where the performers' bodies are put inside out, not
through any illustration of a libertarian exercise, but through a hyperformal
acceleration.
The accent
on questioning and rewriting gender becomes perhaps evident in this fictional
exercise:
Bodies
reassembled by the paradox between the evidence and the impossibility of a
definition of feminine.
Proto-futuristic
bodies that experiment themselves in the playful game of proposing an idea of
dance that restructures their own bodies.
Bodies that
propose themselves to a post-binary and post-demagogic gender.
An intimate
metamorphosis of a silent queerness that materializes in the near invisibility
of the bones, the flesh and the skin.
My Wild
Flag is a new Contemporary Dance Festival directed by Pontus Pettersson and
Karina Sarkissova in Stockholm and will have its first edition in September
2017. The Festival will take place in two Theaters: WELD and CCOFF with funding
from Arts Council Sweden.